Seja bem-vindo ao nosso guia completo sobre cirurgia bariátrica, onde exploraremos todos os aspectos dessa intervenção cirúrgica para proporcionar uma compreensão clara e abrangente desse procedimento.
Abordaremos desde os fundamentos básicos da cirurgia bariátrica até as considerações pré e pós-operatórias, os potenciais riscos, benefícios envolvidos e muito mais. Se você está considerando passar por este procedimento, conhece alguém que está pensando ou simplesmente deseja entender melhor, você veio ao lugar certo. Vamos explorar juntos tudo o que você precisa saber sobre cirurgia bariátrica.
Cirurgia bariátrica, cirurgia de redução do estômago ou Gastroplastia
O que é cirurgia bariátrica?
Para que serve e como funciona?
A cirurgia bariátrica, também conhecida como Gastroplastia, cirurgia da obesidade, cirurgia de redução do estômago ou cirurgia de obesidade é um procedimento médico essencial para tratar o excesso de gordura corporal, uma condição que traz sérios riscos à saúde.
A obesidade, resultado do acúmulo excessivo de gordura, pode ser desencadeada por diversos fatores, como hábitos alimentares desequilibrados, falta de atividade física, predisposição genética e problemas hormonais. Infelizmente, a prevalência da obesidade está aumentando globalmente, constituindo-se como um problema de saúde pública em crescimento constante.
Introduzida no Brasil na década de 1990, a cirurgia bariátrica passou por avanços significativos nas últimas duas décadas, tornando-se uma opção cada vez mais procurada por pacientes com obesidade grave. Em apenas oito anos desde sua introdução no país, o número de procedimentos saltou de 34 mil para quase 70 mil. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), estima-se que até 2025, mais de 160 milhões de pessoas estarão doentes em decorrência da obesidade, indicando a possibilidade iminente de uma crise mundial de saúde decorrente desse problema.
A obesidade não é apenas uma questão estética; ela está diretamente ligada ao desenvolvimento de várias doenças graves, como diabetes tipo 2, problemas cardiovasculares, hipertensão e acidente vascular cerebral. Além disso, a obesidade pode afetar negativamente órgãos vitais, como coração, fígado, rins e articulações, exigindo intervenção médica imediata.
Esta cirurgia emerge como um aliado no tratamento da obesidade grau 3, proporcionando a perda de peso significativa e também melhorias substanciais na saúde geral do paciente. Ao reduzir drasticamente o tamanho do estômago, de 1 a 1,5 litro para apenas 25 ml a 200 ml, a cirurgia limita a quantidade de alimentos que podem ser consumidos, diminuindo assim a ingestão calórica.
Além disso, a cirurgia bariátrica afeta a produção do hormônio da saciedade, reduzindo a vontade de comer e contribuindo para o emagrecimento. Essa redução na capacidade gástrica promove a perda de peso e melhora ou até mesmo remete às condições como diabetes, pressão arterial elevada, níveis elevados de colesterol e ácido úrico, e dores articulares.
Avanços tecnológicos têm tornado as cirurgias bariátricas cada vez menos invasivas e mais seguras, proporcionando maior conforto e eficácia no tratamento da obesidade. Com incisões mínimas, grampeadores inteligentes e visualização em alta definição, essas técnicas minimizam os riscos e aceleram a recuperação dos pacientes.
No entanto, é importante compreender que o sucesso a longo prazo da cirurgia bariátrica depende da adoção de hábitos de vida saudáveis, como uma dieta equilibrada e a prática regular de exercícios físicos. A cirurgia bariátrica não é uma solução isolada, mas sim parte de um processo abrangente de cuidados com a saúde. Acompanhamento médico contínuo e suporte emocional também desempenham um papel determinante no sucesso do tratamento.
Sendo assim, podemos afirmar que a cirurgia bariátrica é responsável pelo retorno da saúde e da autoestima dos pacientes.
Como a cirurgia bariátrica é realizada?
Como é a cirurgia de redução do estômago?
A cirurgia bariátrica é um procedimento seguro, mas requer cuidados específicos no pós-operatório para evitar complicações e efeitos colaterais. Existem diferentes técnicas cirúrgicas disponíveis para a realização da cirurgia bariátrica. Uma delas é a laparoscopia, que é realizada por meio de pequenos orifícios no abdômen, minimizando o trauma cirúrgico e acelerando a recuperação do paciente. Outra opção é a cirurgia aberta, que envolve um corte maior, geralmente cerca de 30 centímetros. Além disso, a cirurgia bariátrica também pode ser realizada utilizando técnicas robóticas, oferecendo maior precisão e controle ao cirurgião.
Independentemente da técnica utilizada, a forma como a cirurgia é realizada tem um grande impacto no pós-operatório. É fundamental seguir as orientações médicas e adotar um estilo de vida saudável após a cirurgia para garantir resultados positivos a longo prazo. O acompanhamento médico regular e a adesão a uma dieta balanceada e à prática regular de exercícios físicos são essenciais para o sucesso do tratamento.
Técnicas mais utilizadas na cirurgia bariátrica
Tipos de cirurgia
Existem três tipos principais de cirurgias bariátricas:
- Restritivas
- Mistas
- Disabsortivas.
A escolha entre essas abordagens é determinada pelas condições clínicas específicas de cada paciente, em consulta com o médico especialista
Cirurgias Restritivas
As cirurgias restritivas focam na redução do tamanho do estômago (chegando a 75%) para limitar a ingestão de alimentos e, consequentemente, promover a perda de peso. Porém, a ligação natural ao intestino é preservada e o processo digestivo acontece de forma normal.
Um dos procedimentos restritivos é a Gastroplastia Vertical, também conhecida como Sleeve ou Manta Gástrica.
No método Sleeve, uma grande parte do estômago é removida, reduzindo sua capacidade e permitindo que o paciente se sinta saciado após consumir apenas uma pequena porção de comida. É uma técnica adequada para pacientes com IMC mais baixo ou menos comorbidades, mas pode não ser aconselhável para aqueles que sofrem de refluxo gastroesofágico, devido ao risco potencial de agravamento dessa condição.
Já no método Manga Gástrica, além de remover parte do estômago para reduzir sua capacidade, também é eliminada a porção responsável pela produção do hormônio que estimula a fome. Isso significa que além da capacidade do estômago ser reduzida, o apetite do paciente também será.
Outra técnica restritiva é a Banda Gástrica Ajustável, que é menos invasiva e reversível. Neste procedimento, um anel ajustável é colocado ao redor do estômago, reduzindo seu tamanho efetivo e limitando a quantidade de comida que pode ser consumida. No entanto, essa técnica é pouco utilizada atualmente devido a suas limitações e resultados menos satisfatórios em comparação com outras opções disponíveis.
Ambas as técnicas restritivas visam diminuir o volume de alimentos ingeridos, promovendo a perda de peso pela restrição calórica. Enquanto a Gastrectomia Vertical remove parte do estômago para reduzir sua capacidade, a Banda Gástrica Ajustável utiliza um dispositivo para criar uma restrição física temporária.
Cirurgias Mistas
As cirurgias mistas representam o padrão ouro da cirurgia bariátrica, combinando tanto a redução do tamanho do estômago quanto o desvio do trânsito intestinal.
Essa técnica não se resume apenas a limitar a ingestão de alimentos, já que colabora para a diminuição da absorção dos nutrientes pelo organismo.
Essa abordagem é altamente eficaz na perda de peso e no controle de doenças relacionadas à obesidade. Essas cirurgias podem ser classificadas em duas categorias: restritivas, como a derivação gástrica com ou sem anel, e disabsortivas, como as derivações biliopancreáticas.
Cirurgias Disabsortidas
As cirurgias disabsortivas, também conhecidas como cirurgias de by-pass intestinal ou cirurgias de desvio intestinal, são uma modalidade distinta na cirurgia bariátrica. Ao contrário das técnicas restritivas, que visam a redução do tamanho do estômago, as cirurgias disabsortivas alteram pouco a capacidade do estômago em receber alimentos, mas têm um impacto significativo na absorção dos nutrientes no intestino delgado.
Essas intervenções podem ser realizadas em conjunto com uma redução do estômago ou, mais raramente, podem ser puramente intestinais, sem modificar o tamanho do estômago, embora essa abordagem seja menos comum nos dias de hoje.
É fundamental que os pacientes submetidos a cirurgias disabsortivas compreendam a importância do controle dos micronutrientes, como vitaminas e minerais, em sua dieta. A alteração na absorção dos alimentos pode levar a deficiências nutricionais se não forem adotadas medidas adequadas de suplementação e acompanhamento médico regular.
É importante ressaltar que as cirurgias disabsortivas apresentam riscos e complicações tanto a curto quanto a longo prazo, especialmente se não forem acompanhadas de perto por uma equipe médica especializada. O controle cuidadoso e contínuo da saúde do paciente é essencial para minimizar esses riscos e garantir resultados positivos a longo prazo.
Bypass Gástrico
Dado o destaque do Bypass Gástrico como um dos métodos mais adotados na cirurgia bariátrica (70% das cirurgias) , dedicaremos uma seção exclusiva para discutir detalhadamente essa técnica.
Recomendado para pacientes obesos que enfrentam comorbidades, como diabetes tipo 2, hipertensão, apneia do sono e dislipidemia, por um período mínimo de 2 anos, o bypass gástrico oferece uma solução eficaz para essas condições, muitas vezes proporcionando uma melhoria rápida no controle glicêmico, mesmo antes da perda de peso significativa.
Essa intervenção cirúrgica envolve a redução do tamanho do estômago e a diminuição da absorção de calorias. Ao ‘criar’ um pequeno estômago e conectar este ao intestino delgado em um ponto mais abaixo, em comparação com o trajeto do alimento antes da operação, o bypass gástrico diminui a absorção de nutrientes no sistema digestivo.
Um estudo realizado em 2020 na Universidade do Porto, apontou que o bypass gástrico oferece os melhores resultados na perda de peso nos dois primeiros anos após a cirurgia. Além disso, essa técnica é especialmente indicada para pacientes que sofrem de refluxo gastroesofágico, uma vez que reduz tanto o volume gástrico quanto a produção de ácido estomacal.
Quando comparado a outros procedimentos bariátricos, como o sleeve, a banda gástrica ajustável e a derivação gástrica, o bypass gástrico se destaca por proporcionar os melhores resultados no controle da síndrome metabólica (resistência à insulina), além da perda de peso e do controle do diabetes.
Técnicas disabsortivas mais conhecidas
Existem três técnicas disabsortivas mais conhecidas:
Cirurgia de Payne
Esta técnica consiste em um desvio intestinal significativo sem intervenção no estômago. Apesar de ser uma cirurgia simples, pode resultar em distúrbios nutricionais acentuados. Geralmente, é realizada como uma etapa preliminar para induzir perda de peso antes de uma cirurgia definitiva.
Seu uso é restrito a casos criteriosamente selecionados devido aos potenciais riscos envolvidos.
Derivação bilio-pancreática ou cirurgia de Scopinaro:
Neste procedimento, uma parte do estômago é removida juntamente com um desvio intestinal. Isso permite que o paciente consuma um volume menor de alimentos, mas ainda assim satisfatório. A retirada da vesícula biliar é comum durante essa cirurgia, já que cerca de 90% dos pacientes podem desenvolver pedras na vesícula durante o processo de emagrecimento.
Os pacientes submetidos a essa técnica costumam apresentar uma perda de peso significativa, em torno de 40% do peso total.
Derivação Bilio-pancreática com Duodenal Switch
Também conhecida como Cirurgia de Hess, esta técnica envolve uma ressecção longitudinal do estômago, preservando sua anatomia básica, juntamente com uma pequena porção do duodeno.
Essa abordagem contribui para uma melhor absorção de nutrientes essenciais, como proteínas, cálcio, ferro e vitamina B12. Altamente eficaz para pacientes com IMC muito elevado e diabetes tipo 2 grave, essa técnica proporciona uma perda de peso consistente e duradoura. Estudos também sugerem uma melhor qualidade de vida a longo prazo para os pacientes submetidos a esse tipo de procedimento.
Saiba mais sobre as técnicas cirúrgicas no portal da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
Mapa Mental
Esquema da Cirurgia bariátrica
Entendemos que a quantidade de informações e detalhes sobre a cirurgia bariátrica pode ser esmagadora e difícil de compreender completamente. Para simplificar, apresentamos um esquema abaixo que certamente facilitará o entendimento.
Quanto tempo demora a cirurgia?
A duração varia de acordo com o tipo de cirurgia a ser realizada. Em geral, trata-se de um procedimento relativamente rápido, com uma média de duração de 1 a 2 horas.
Quando a cirurgia bariátrica é indicada?
Qual o perfil de pacientes que realizam a cirurgia?
A cirurgia bariátrica é recomendada para pessoas:
- Que enfrentam casos graves de obesidade, especialmente aquelas com um Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40, que não obtiveram sucesso na perda de peso após dois anos de tratamento, incluindo o uso de medicamentos.
- Com IMC acima de 35 que apresentam doenças associadas, como diabetes, colesterol alto, hipertensão, hérnia de disco e esteatose hepática (gordura no fígado), entre outras condições.
Para pacientes com um quadro menos grave de obesidade, o método Sleeve, também conhecido como manga gástrica, é frequentemente recomendado como uma opção cirúrgica.
Vantagens da cirurgia bariátrica
A cirurgia bariátrica oferece uma série de vantagens que vão além da simples redução de peso, dada a associação da obesidade com diversas doenças.
- Restauração da saúde comprometida pelo excesso de peso
- Melhoria na mobilidade
- Melhoria no padrão de sono.
- Controle eficaz da diabetes tipo 2
- Melhoria significativa na vida sexual – muitas vezes esquecida quando falamos de obesidade
- Redução das dores articulares
- Controle mais eficaz do colesterol e do ácido úrico
- Contribuição para o aumento da expectativa de vida
Avaliação psicológica
Estado emocional
A avaliação psicológica desempenha um papel fundamental na preparação para a cirurgia bariátrica. Este procedimento é obrigatório para todos os pacientes que desejam passar pela intervenção.
Durante essa avaliação, os especialistas auxiliam os pacientes a distinguir entre “o que é fome” e “o que é vontade de comer”, além de avaliarem a presença de transtornos psicológicos, como depressão, ansiedade e compulsão alimentar. Os pacientes são acompanhados por uma equipe multidisciplinar de saúde, que inclui nutricionistas, endocrinologistas, gastroenterologistas, psicólogos, entre outros profissionais.
Como é o pré-operatório da cirurgia bariátrica?
Além da avaliação psicológica obrigatória, o pré-operatório da cirurgia bariátrica envolve uma série de avaliações clínicas e laboratoriais.
Cada paciente é avaliado individualmente de acordo com sua condição clínica. Isso inclui uma avaliação clínico-laboratorial abrangente, que envolve aferição da pressão arterial, dosagens da glicemia, lipídios e outras dosagens sanguíneas, bem como a avaliação das funções hepática, cardíaca e pulmonar. Além disso, é comum realizar exames complementares, como endoscopia digestiva e ecografia abdominal, para garantir a segurança e eficácia do procedimento cirúrgico.
Como é a recuperação da cirurgia bariátrica?
Após a cirurgia bariátrica, o paciente passa por uma fase pós-operatória que requer cuidados e acompanhamento. Geralmente, a observação no hospital dura de 1 a 2 dias, mas o processo de recuperação é mais longo, podendo levar de 6 meses a 1 ano.
É importante mencionar que os pacientes submetidos ao procedimento podem experimentar uma perda de peso significativa, podendo chegar a até 70% do peso inicial.
Os cuidados são praticamente os mesmos, independentemente da técnica utilizada. No caso da cirurgia aberta, é necessário um período maior de repouso devido à cicatrização do corte, e o uso de uma cinta abdominal pode ser recomendado para evitar a soltura dos pontos.
Recomenda-se evitar grandes esforços nas primeiras 6 semanas, mas é importante manter-se ativo com caminhadas leves para prevenir coágulos. A retomada das atividades diárias geralmente ocorre entre 10 a 14 dias.
Durante o processo, o acompanhamento médico é fundamental, especialmente para pacientes fumantes, que devem reduzir ou abandonar o hábito para evitar complicações pulmonares.
Em casos de grande perda de peso, pode ser necessária uma cirurgia plástica para remover o excesso de pele, mas isso só deve ser considerado quando o peso estiver estabilizado, o que normalmente ocorre em torno de dois anos após a cirurgia.
Já para mulheres que desejam engravidar, é recomendado esperar de 15 a 18 meses devido aos riscos associados ao rápido emagrecimento.
É fundamental seguir todas as orientações médicas para garantir uma recuperação adequada e evitar complicações, infecções ou deficiências nutricionais.
Como é a nutrição após a cirurgia bariátrica?
Após a cirurgia bariátrica, a nutrição desempenha um papel imprescindível na recuperação e na manutenção da saúde. Nos primeiros dias, o principal desafio é garantir uma nutrição e hidratação adequadas, especialmente devido à diminuição significativa do tamanho do estômago.
- Ingestão de dois a três litros de água por dia, em pequenas porções ao longo do dia, muitas vezes muitas vezes, tomar 50 ml de água a cada 30 minutos.
- Primeiros 15 dias – a alimentação deve ser líquida
- Na segunda quinzena – dieta pastosa ou branda
- Após 30 dias – o paciente pode reintroduzir alimentos sólidos na dieta.
No entanto, é importante ressaltar que a perda de peso é rápida, mas o paciente corre o risco de recuperá-lo se não modificar seu estilo de vida e não seguir as orientações da equipe de saúde.
Quanto mais disabsortivas forem as cirurgias, maior é o risco de complicações nutricionais, como deficiências de ferro, vitamina B12, ácido fólico, vitamina D e cálcio, além de possíveis casos de desnutrição.
Infelizmente, alguns pacientes acabam recorrendo a alimentos de alta densidade calórica e de baixa qualidade nutricional, o que pode provocar hipoglicemia e fenômenos vasomotores, colocando em risco o sucesso da intervenção em longo prazo. Vale destacar também que a diarreia pode ser uma complicação em cirurgias mistas, principalmente na derivação bileopancreática.
É muito importante que os pacientes sejam acompanhados continuamente para receber orientações específicas sobre a elaboração de uma dieta equilibrada. A reeducação alimentar, com o suporte de nutricionistas, é essencial nesse processo, assim como a suplementação adequada conforme as necessidades individuais do paciente.
Quais as contraindicações para a cirurgia bariátrica?
A decisão de realizar a cirurgia bariátrica é crucial, uma vez que altera significativamente a fisiologia do corpo humano. Portanto, deve ser reservada para casos em que a intervenção seja realmente necessária. A avaliação de critérios como Índice de Massa Corporal (IMC), idade, presença de doenças associadas e tempo de doença é fundamental para determinar se o paciente é elegível para o procedimento.
A cirurgia bariátrica é contraindicada nos casos em que o paciente não se enquadra em nenhum dos cenários abaixo:
- IMC acima de 40 kg/m² , independentemente da presença de comorbidades.
- IMC entre 35 e 40 kg/m² na presença de comorbidades.
- IMC entre 30 e 35 kg/m² na presença de comorbidades que tenham obrigatoriamente a classificação “grave” por um médico especialista na respectiva área da doença.
- Constatação de “intratabilidade clínica da obesidade” por um endocrinologista
- Também configuram como contraindicação: limitação intelectual significativa, pacientes sem suporte familiar adequado, quadro de transtorno psiquiátrico não controlado, incluindo uso contínuo de álcool ou drogas ilícitas e doenças genéticas.
- A idade também é um fator. Abaixo de 16 anos não é indicada, exceto em caso de síndrome genética, quando a indicação é unânime e avaliada por 2 cirurgiões bariátricos titulares da SBCBM
- Entre 16 e 18 anos: sempre que houver indicação e consenso entre a família ou o responsável pelo paciente e a equipe multidisciplinar.
- Acima de 65 anos: avaliação individual pela equipe multidisciplinar, considerando risco, expectativa de vida e benefícios.
Cada caso deve ser cuidadosamente avaliado pelos profissionais de saúde para garantir a segurança e eficácia do procedimento.
Quais são as intercorrências da cirurgia bariátrica?
Quais os riscos?
Quais os efeitos colaterais?
A cirurgia bariátrica, embora ofereça uma solução eficaz para a obesidade, não está isenta de riscos e complicações, como qualquer procedimento cirúrgico. A redução do estômago e a alteração na absorção intestinal implicam em mudanças profundas na fisiologia do paciente, exigindo uma transformação essencial nos hábitos alimentares.
É fundamental que o paciente esteja bem informado sobre os riscos e benefícios da cirurgia, apesar de sua taxa de sucesso, que é superior a 95%. As complicações são relativamente baixas, em torno de 1 a 2%, graças aos avanços na técnica cirúrgica, materiais e treinamento das equipes médicas.
Mesmo com todo o sucesso, é necessário mencionar as possíveis complicações. Logo após o procedimento, há o risco de fístulas, vazamento de secreções do estômago ou intestino para a cavidade abdominal, sendo uma complicação potencialmente fatal.
Além disso, sintomas como febre, taquicardia, pressão baixa, dor abdominal intensa, dificuldade respiratória e vômitos podem ocorrer. Nos meses seguintes à cirurgia, a baixa absorção de nutrientes, como ferro, cálcio, vitamina B12 e D, pode levar a problemas de saúde, como osteoporose, fadiga, perda de memória e concentração, entre outros.
Como em qualquer cirurgia, complicações como infecções, hemorragias, trombose e problemas pulmonares também podem surgir.
O acompanhamento adequado no pós-operatório é essencial para prevenir e tratar qualquer problema que possa surgir.
Cirurgia bariátrica preço
O custo da cirurgia bariátrica pode variar significativamente, dependendo de diversos fatores, como o método cirúrgico empregado, o local onde será realizada a intervenção, a equipe médica envolvida, entre outros aspectos. No Brasil, em média, os valores dessa cirurgia na rede privada variam entre R$ 30 mil e R$ 50 mil.
A cirurgia bariátrica é coberta pelo plano de saúde?
Sim, a cirurgia bariátrica é coberta pelo plano de saúde, em geral. Quando há indicação médica para a realização desse procedimento, o paciente tem o direito de solicitá-lo por meio de seu convênio.
As normas estabelecidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinam que o plano de saúde tem obrigação de oferecer cobertura para a cirurgia bariátrica, desde que os critérios clínicos adequados sejam atendidos.
A cirurgia bariátrica é realizada pelo SUS?
Sim, a cirurgia bariátrica é realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), proporcionando acesso a esse tratamento para aqueles que não têm condições de arcar com os custos por meio de serviços particulares ou convênio.
Até no SUS, o procedimento segue os mesmos padrões de cuidado, incluindo consultas pré-operatórias e exames para avaliar a saúde do paciente. Já o método mais comum de cirurgia bariátrica é o bypass gástrico.
Contudo, um desafio significativo enfrentado pelos pacientes que dependem do SUS para realizar essa intervenção é o longo tempo de espera. Uma vez aprovado para o procedimento, o paciente é colocado em uma fila de espera, onde pode aguardar por um período indeterminado, que muitas vezes se estende por vários anos.
Essa espera prolongada é um ponto de preocupação, pois a obesidade é uma condição de saúde grave que pode acarretar complicações sérias e até mesmo fatais.
Qual a anestesia usada na cirurgia?
Como em qualquer intervenção cirúrgica, a cirurgia bariátrica demanda o uso de anestesia para assegurar o conforto e a segurança do paciente durante o procedimento. Geralmente, a anestesia empregada na cirurgia bariátrica é a anestesia geral.
Vale reforçar que cada caso deverá ser avaliado e decidido durante a avaliação pré-anestésica.
Como escolher um médico e anestesista capacitado?
Escolher um médico e anestesista capacitado para realizar uma cirurgia bariátrica é crucial para garantir a segurança e eficácia do procedimento. Aqui estão algumas dicas importantes a serem consideradas:
- Verifique se o cirurgião é devidamente registrado nesta função.
- Questione o médico sobre sua vasta experiência em cirurgia bariátrica e solicite exemplos de resultados anteriores.
- Assegure-se de que o procedimento será realizado em uma clínica ou hospital bem equipado, com equipe qualificada para lidar com qualquer eventualidade.
- Procure por referências de pacientes anteriores e faça uma pesquisa detalhada na internet para verificar a reputação do médico.
- Evite tomar a decisão baseada apenas no preço, pois valores muito abaixo da média podem indicar falta de qualidade ou segurança no procedimento.
Cirurgia Bariátrica em São Paulo?
Cirurgia Bariátrica em Campinas?
Encontrar um anestesista de confiança para realizar a cirurgia bariátrica pode ser uma tarefa desafiadora. Afinal, esse profissional desempenha um papel determinante na segurança e no bem-estar dos pacientes durante procedimentos cirúrgicos.
Quando se trata da sua saúde, a confiança é fundamental, e escolher o anestesista certo é uma decisão importante. Felizmente, em São Paulo, no interior, na região de Campinas, há uma opção de excelência: o Grupo Care Anestesia (GCA).
Reconhecido internacionalmente por sua expertise e comprometimento com o cuidado dos pacientes, o GCA reúne uma equipe de profissionais altamente qualificados e dedicados ao proporcionar uma experiência segura e tranquila para todos os pacientes.
*Os valores aqui citados foram a partir da média de mercado e não tem relação com valores praticados pela equipe do hospital em que o GCA atua.