O anestesiologista, também conhecido como anestesista, é o médico responsável por inibir ou aliviar a dor. Sua atuação começa antes mesmo das cirurgias, já que realiza as consultas pré-operatórias, quando o estado clínico do paciente e os riscos dos procedimentos são avaliados.
Além disso, tem a missão de monitorar os sinais vitais do indivíduo e mantê-lo anestesiado durante toda a operação, buscando garantir o bem-estar e a segurança. O anestesista também atua na recuperação pós-cirúrgica, por meio da administração de medicamentos para amenizar as dores e sintomas como náuseas e vômitos.
Porém, engana-se quem acredita que o papel do anestesista se limita ao centro cirúrgico. Esse especialista está envolvido na realização de exames como endoscopia digestiva, broncoscopia e ressonância magnética, além de poder tratar pacientes com dores crônicas.
Quer entender a importância do anestesiologista no tratamento das dores crônicas? Continue lendo este artigo.
O que é a dor crônica?
Antes de saber mais sobre a atuação do anestesista, é necessário entender o que é a dor crônica. Trata-se da sensação desconfortável e dolorosa em determinada região do corpo que dura mais de três meses, sendo considerada uma doença debilitante e com consequências graves.
Muitas vezes, a dor persistente está associada a outras patologias como fibromialgia, endometriose, obesidade, cervicalgia, osteoartrite e hérnia de disco. Ela também pode ser causada por lesões, alterações nas estruturas das fibras e células nervosas ou sensibilidade do tecido muscular e conjuntivo.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, 30% da população do mundo sofre com alguma dor crônica. Apenas no Brasil, o problema atinge pelo menos 60 milhões de pessoas, de acordo com a Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (SBED). A principal causa para essa alta incidência é o menosprezo da dor, que leva seus portadores a não procurarem ajuda médica para diagnosticar e tratar a condição.
A dor crônica pode provocar danos psicológicos e sociais, além de prejudicar o sono, diminuir a produtividade, reduzir a libido e causar fadiga. Por isso, ela não deve ser ignorada. Por meio do tratamento adequado, é possível devolver a autonomia e bem-estar do paciente, melhorando o desempenho nas atividades diárias e a qualidade de vida.
Qual é o papel do anestesista no tratamento da dor crônica?
O anestesiologista é especialista no alívio e controle da dor, tanto a aguda (repentina e que dura pouco tempo) quanto a crônica. Em um trabalho conjunto com profissionais de diversas áreas da saúde, ele pode realizar o tratamento do desconforto que persiste por três meses ou mais.
Para isso, o quadro clínico é avaliado de forma minuciosa, buscando identificar o que está provocando a dor crônica e as consequências do problema. Quando a causa não é encontrada, o anestesista se dedica para amenizar o sofrimento e promover o bem-estar do indivíduo.
No caso da dor crônica que se origina de outra doença, como a osteoartrite, por exemplo, também é preciso iniciar o tratamento do problema primário, que é realizado por outro médico especialista.
A dor persistente pode ser tratada com medicamentos analgésicos, fisioterapia, terapia ocupacional e até psicoterapia. Confira logo abaixo outras opções de tratamento!
- Bloqueio nervoso
Por meio de anestesia local, interrompe-se uma via nervosa responsável por transmitir a sensação de dor. O método também é feito com substâncias cáusticas, crioterapia, corticoides e sonda de radiofrequência.
- Terapias complementares
Alguns procedimentos da medicina complementar e integrativa podem auxiliar no tratamento da dor crônica, entre eles estão: acupuntura, ioga, massoterapia e quiroprática.
- Bomba intratecal
Neste método, pequenas quantidades de morfina são liberadas na região da coluna, através de um cateter implantado debaixo da pele, junto a um reservatório que é reabastecido periodicamente.
Sentir dor não é algo normal. Se você está sofrendo desse problema, procure a ajuda de um médico especialista o quanto antes para voltar a viver com conforto e tranquilidade.