Dados do relatório Vital Health Report, pesquisa trimestral feita pela Sociedade Americana de Anestesiologia, revelam que até 25% dos pacientes adiam uma cirurgia por receio de algum risco relacionado à anestesia, e mais de 75% expressam preocupação em relação ao procedimento. Os grandes medos são acordar durante a cirurgia ou não acordar após o procedimento. Estamos aqui para trazer informações sobre cada tipo de anestesia e esclarecer as suas possíveis dúvidas.
QUAIS OS TIPOS DE ANESTESIA?
ANESTESIA GERAL: é uma técnica extremamente segura, que evoluiu muito nas últimas décadas, tanto em relação aos remédios utilizados, quanto aos monitores que utilizamos, certificando-se de que tenha garantido o sono durante toda cirurgia (e um rápido despertar), independentemente do tempo do procedimento cirúrgico.
Estaremos sempre com você durante toda a cirurgia, ajustando a dose necessária da anestesia e monitorizando continuamente sua pressão arterial, respiração, coração (eletrocardiograma) e temperatura. Você vai dormir por meio de anestésicos que aplicaremos na sua veia, respeitando a dose segura e necessária. Esses remédios têm efeitos totalmente reversíveis e previsíveis, possibilitando sua pronta recuperação após o final da anestesia. Particularmente em crianças, essa anestesia pode ser iniciada por via inalatória.
RAQUIANESTESIA: é administrado anestésico local por intermédio de uma agulha de fino calibre, no líquido que banha a medula espinhal. Com essa anestesia perde-se a sensibilidade na parte inferior do corpo e abdômen. Os membros ficam dormentes e pesados, perdendo a mobilidade. É um efeito temporário e desaparece em média de três a quatro horas. A pessoa
recupera aos poucos a sensibilidade e mobilidade por completo.
PERIDURAL: é administrado anestésico local no espaço epidural, próximo à medula espinhal. Nesse tipo de anestesia também perde-se a sensibilidade dos membros inferiores e do abdômen. É possível colocar um cateter nesse espaço, possibilitando de forma muito eficaz o tratamento de dor pós-operatória, com doses de anestésicos subsequentes.
DIFERENÇAS ENTRE AS ANESTESIAS RAQUIDIANA E PERIDURAL
São elas: o local onde é administrado o anestésico, tipo de agulha e volume
utilizado.
BLOQUEIOS DE NERVOS PERIFÉRICOS
O anestésico local é administrado ao redor dos nervos responsáveis pela
sensibilidade e movimento do membro onde vai ser realizada a cirurgia. Por
exemplo: para uma cirurgia da mão, é possível anestesiar apenas o braço.
Tal técnica é realizada sob visualização, com ultrassonografia. Excelente para
analgesia pós-operatória.
SEDAÇÃO: Funciona como um calmante endovenoso. Diminui a ansiedade e permite que sejam feitos pequenos procedimentos que geralmente são incômodos. Pode ser associada à anestesia local para aumentar o conforto.