Na incessante busca por aprimorar a qualidade do atendimento em saúde, a humanização se destaca como uma necessidade fundamental. Mais do que uma abordagem, é um compromisso que reconhece o paciente como um ser único. A humanização vai além dos procedimentos clínicos, incorporando aspectos emocionais e psicológicos. Essa abordagem se manifesta como um “foco no cliente” e representa a essência de uma prática que visa oferecer não apenas tratamento, mas um cuidado integral. É aí que entram os Conselhos Consultivos.
Ao falarmos de “foco no paciente”, é importante compreender que não se trata somente de uma expressão, mas de uma filosofia que coloca o indivíduo no centro de todas as ações e decisões. A atenção aos detalhes, a compreensão das necessidades individuais e a criação de uma experiência personalizada são elementos intrínsecos a essa abordagem centrada no paciente.
Nesse contexto, a introdução do “foco no cliente” se alinha harmoniosamente. Considerando que, para além do ambiente hospitalar, o paciente é também um cliente em busca de serviços de saúde, a atenção às suas expectativas, desejos e preocupações torna-se imperativa. O “foco no cliente” expande a visão, reconhecendo a importância de uma abordagem que não apenas trata as condições médicas, mas também prioriza a satisfação e a experiência do cliente-paciente.
A humanização, com seu compromisso integral, o “foco no cliente” e o “foco no paciente”, estabelece o terreno fértil para a introdução de um Conselho Consultivo. Este conselho, longe de ser apenas uma estratégia empresarial, é uma resposta à necessidade de diversidade de perspectivas na busca constante por melhorias na área da saúde.
No decorrer do nosso texto, vamos explorar como a formação desses grupos podem ser a chave para potencializar essas melhorias, sem perder de vista o compromisso central com a humanização e o foco no paciente.
Humanização na saúde
A Medicina Humanizada surge como contraponto essencial às inovações tecnológicas, integrando avanços científicos com valores humanos e colocando o paciente no centro do cuidado.
Patch Adams, uma figura inspiradora, desempenha papel determinante nessa abordagem. Essa medicina destaca relações humanas, valorizando ética, empatia e respeito, reconhecendo a saúde para além da ausência de doença. As interações entre profissionais de saúde e pacientes são marcadas por afetividade, criando ambiente propício para tratamento holístico.
Saiba mais sobre a importância da humanização na medicina.
Sua implementação não exige investimentos massivos em tecnologia, mas uma mudança de mentalidade e práticas. Hospitais têm adotado estratégias, desde o acolhimento até o cuidado com colaboradores, reconhecendo a importância de todos no processo de atendimento. A ênfase no acolhimento transcende o aspecto físico da doença, compreendendo as necessidades psicológicas do paciente para estabelecer uma conexão sólida e contribuir para um ambiente de bem-estar.
Fundamentos da Metodologia Planetree
Nesse contexto, a metodologia Planetree assume um papel crucial. Fundamentada em princípios que transcendem a técnica médica, a Planetree destaca-se por colocar o paciente no centro do cuidado. Seus pilares incluem a promoção de um ambiente acolhedor, comunicação aberta e transparente, e a colaboração ativa entre profissionais de saúde e pacientes. Essa metodologia humaniza os serviços de saúde e reforça o foco nas pessoas ao criar uma experiência mais personalizada e satisfatória para os pacientes e um ambiente mais “agradável” para os profissionais atuantes na empresa
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Conselhos Consultivos potencializando melhorias e diversidade de perspectivas
Em um cenário incessante de busca por aprimoramento, a constituição de conselhos consultivos nas instituições emerge como uma estratégia indispensável. Eles são formados por um grupo heterogêneo de profissionais e traz consigo uma diversidade de experiências. Essa multiplicidade enriquece as discussões e catalisa a identificação de oportunidades significativas de melhoria.
A formação de um conselho consultivo é uma abordagem estratégica que tem o poder de orientar as organizações na tomada de decisões mais embasadas e na implementação de melhorias contínuas. A diversidade de visões proporcionada por esse conselho não só enriquece a abordagem estratégica, mas também promove uma cultura de inovação e eficiência.
No setor da saúde não seria diferente. Com suas complexidades e demandas únicas, o setor tende a se beneficiar imensamente com a formação de conselhos consultivos que reúnem profissionais de diversas áreas e também diversos pacientes.
A seguir vamos explorar de que maneira essa prática específica pode ser aplicada com sucesso em instituições de saúde, destacando sua relevância e impacto positivo no setor.
A relevância de Conselhos Consultivos na saúde
No âmbito da saúde, a formação de um conselho consultivo ultrapassa a mera prática empresarial, consolidando-se como uma abordagem estratégica essencial para guiar instituições rumo a decisões informadas e eficazes. Ao analisar mais profundamente diversos exemplos do setor, torna-se evidente que essa estratégia é um pilar fundamental para a evolução constante e eficaz do setor de saúde com o foco no cliente; “foco no paciente”.
Ao criar um conselho consultivo na área da saúde, as instituições buscam deliberadamente alavancar uma gama de conhecimentos especializados e perspectivas imparciais. Esse grupo diversificado, composto por profissionais, representantes de pacientes e até de pacientes, enriquecem as discussões internas e trazem uma visão externa valiosa. As decisões embasadas em uma análise mais ampla refletem uma compreensão mais profunda das complexidades do setor e também geram melhorias substanciais tanto no atendimento ao paciente quanto nos processos internos das instituições.
Foco no cliente no setor da saúde: o paciente como protagonista nos conselhos consultivos
Ao abordarmos o conceito de “foco no cliente” na área da saúde, torna-se determinante estabelecer a relação intrínseca entre o paciente e o cliente. Na realidade, o paciente é mais do que um destinatário passivo de serviços de saúde; ele é o cliente, o protagonista ativo em seu próprio processo de cuidado. O conselho consultivo, ao incorporar essa perspectiva, reforça a centralidade do paciente/cliente e promove uma cultura de atendimento personalizado, alinhando-se perfeitamente com os princípios da humanização na saúde.
Diversas instituições de saúde têm experimentado benefícios tangíveis ao implementar conselhos consultivos. A diversidade de perspectivas oferecida por esses conselhos identifica oportunidades de melhoria e impulsiona inovações práticas. Desde a otimização dos protocolos de atendimento até a introdução de abordagens mais humanizadas, os conselhos consultivos têm desempenhado um papel importante na busca contínua por resultados concretos e na excelência em serviços de saúde.
Sendo assim, podemos afirmar que, a criação de conselhos consultivos no setor da saúde não é apenas uma estratégia, mas uma necessidade para instituições que buscam não apenas manter, mas elevar os padrões de excelência.
GCA e a criação do Conselho Consultivo de Pacientes
O Conselho Consultivo de Pacientes é uma das mais novas iniciativas do GCA, o Grupo Care Anestesia, e tem como objetivo trabalhar nos pilares de humanização e melhoria de atendimento, que fazem parte das bases que formam a organização.
Este é o primeiro time de anestesia da América Latina – acreditado pela Qmentum Internacional e certificado pela Planetree – a formar seu conselho, um fórum de discussão em que o paciente é consultado e ouvido, tendo suas sugestões colocadas em prática.
A iniciativa de criar grupos de pacientes é comum em países como os Estados Unidos, e já é adotada em instituições de saúde brasileiras, que são referência no atendimento.
O embrião para a criação do Conselho Consultivo surgiu a partir de uma série de sugestões propostas pela Certificação Internacional Planetree, representada no Brasil pelo Escritório de Excelência do Hospital Israelita Albert Einstein. No momento, o Conselho Consultivo de Pacientes do GCA conta com diversos integrantes, entre médicos e os próprios pacientes, com encontros periódicos, que podem ser presenciais ou remotos.
O GCA, ao criar o Conselho Consultivo de Pacientes, inova em suas práticas internas e redefine o paradigma da excelência na saúde. Esse conselho, alimentado pela diversidade e foco no cliente, é uma evidência concreta de como a integração de perspectivas diversas pode ser a chave para transformações significativas em instituições de saúde.
Através das valiosas falas e sugestões dos nossos pacientes, fomos capazes de ganhar novas perspectivas sobre os serviços que oferecemos e como podemos melhorar ainda mais a experiência de cuidado no nosso hospital. É incrível ver a riqueza de insights que podem ser desbloqueados ao simplesmente ouvir aqueles que servimos.
Estas interações reforçam a nossa crença de que a participação ativa dos pacientes no processo de tomada de decisão não só é benéfica, mas essencial para a evolução contínua da qualidade e da humanização dos nossos serviços de saúde.
Estamos comprometidos em implementar as sugestões recebidas e continuaremos a trabalhar incansavelmente para garantir que os pacientes se sintam sempre ouvidos, cuidados e valorizados.
Nosso Conselho Consultivo de Pacientes é um lembrete constante de que, no coração da gestão hospitalar, está a parceria e a colaboração. Agradecemos a todos os membros do conselho por sua coragem, transparência e compromisso em nos ajudar a ser melhores a cada dia. – Gabriel Redondano, Diretor Técnico Médico Hospital Vera Cruz, CEO e Fundador Grupo Care Anestesia.
Jornada do paciente pediátrico na ala cirúrgica
Vamos falar agora como a implementação de conselhos consultivos na área da saúde pode efetivamente aprimorar a experiência do paciente, destacando as iniciativas bem-sucedidas adotadas no Hospital Vera Cruz, em Campinas SP. Após a formação de um conselho consultivo em parceria com o Grupo Care Anestesia (GCA), composto por diversos profissionais do hospital, incluindo anestesistas, e com o apoio ativo de pais e crianças que passaram por intervenções cirúrgicas, diversas melhorias foram implementadas.
Vale ressaltar que pesquisas indicam que a preparação pré-cirúrgica, utilizando recursos lúdicos e a linguagem específica do universo infantil, pode reduzir sentimentos negativos, como medo e insegurança, contribuindo para uma recuperação mais eficaz.
A jornada pediátrica, cuidadosamente redesenhada com base nas análises e discussões do Conselho Consultivo, agora oferece uma resposta sensível às necessidades identificadas. Desde a recepção até a alta, cada etapa é meticulosamente projetada para incorporar elementos de humanização e acolhimento. Um exemplo concreto dessa abordagem inovadora é o uso de carrinhos motorizados e tablets para levar as crianças até a sala de cirurgia.
O projeto de humanização vai além do momento da cirurgia, visando suavizar a estadia infantil no ambiente hospitalar. Na recepção, as crianças recebem um livrinho de colorir e giz de cera, estabelecendo um primeiro contato amigável. Uma das inovações mais notáveis é a autorização para que um responsável da criança use um jaleco e permaneça na sala cirúrgica até o início da anestesia, proporcionando um apoio emocional determinante. A sala cirúrgica também é decorada com o tema “fundo do mar”, incluindo luzes no teto para criar um ambiente acolhedor, tudo preparado com cuidado especial e foco no cliente; foco na criança.
É fundamental ressaltar que todas as intervenções pensadas e implementadas durante o processo foram amplamente aceitas pelos pais e crianças, que agora desfrutam de uma estadia no hospital mais agradável e menos temerosa em relação à cirurgia. Os resultados já são visíveis, transformando essa mudança em um exemplo de sucesso na região, com muitos responsáveis optando pelo Hospital Vera Cruz para procedimentos cirúrgicos em suas crianças. A recuperação pós-cirurgia também tem apresentado melhorias significativas em comparação ao período anterior às mudanças.
Essas transformações exemplificam o compromisso do Conselho Consultivo em focar no cliente, no paciente e, neste caso específico, na criança. As mudanças na jornada cirúrgica foram meticulosamente planejadas para proporcionar acolhimento, bem-estar e humanização necessários. Cada elemento do processo reflete a atuação do conselho, demonstrando que, além de inovar, a instituição está empenhada em oferecer uma experiência completa e humanizada para seus pacientes.