No período pós-operatório o papel do anestesiologista é determinante para alcançar os objetivos estabelecidos no procedimento cirúrgico. Nessa fase, o profissional assume a responsabilidade de assegurar a adequada recuperação do processo anestésico realizado durante a cirurgia, além de prevenir e controlar a dor que o paciente possa ter. É aí que entra a SRPA.
Inicialmente, a recuperação da anestesia ocorre na sala cirúrgica (estágio I), priorizando a restauração dos reflexos respiratórios, estabilidade cardiovascular e força muscular. Na segunda fase (estágio II), na Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA), ocorre a observação clínica e instrumental, abrangendo parâmetros como consciência, dor, náuseas e vômitos.
Fique com a gente, que explicaremos tudo sobre o pós-operatório na SRPA.
Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA)
No Brasil, a existência obrigatória da SRPA em hospitais foi determinada pela Portaria 400 do Ministério da Saúde em 1977. A Resolução CFM no 1363/93 estabelece que todo paciente após a cirurgia deve ser transferido para a SRPA.
Veremos a seguir como funciona e qual o objetivo da sala de recuperação:
Monitorização contínua
Na SRPA, os pacientes são monitorizados de forma contínua para avaliar diversos parâmetros vitais, incluindo respiração, frequência cardíaca, pressão arterial, saturação de oxigênio e outros indicadores clínicos.
Recuperação inicial
É no ambiente da SRPA que ocorre a recuperação inicial da anestesia. Os profissionais de saúde trabalham para garantir que os pacientes despertem de forma segura, recuperando reflexos respiratórios e cardiovasculares.
Controle da dor e desconforto
A SRPA é responsável por fornecer cuidados específicos para controlar a dor pós-operatória e minimizar o desconforto do paciente. Medicamentos analgésicos podem ser administrados conforme necessário.
Observação de complicações na SRPA
Profissionais de saúde na SRPA estão atentos a qualquer sinal de complicações pós-operatórias, como náuseas, vômitos, retenção urinária, sangramento anormal, entre outros.
Decisões sobre alta
É na SRPA que os profissionais de saúde decidem quando o paciente está pronto para receber alta da recuperação pós-anestésica e ser transferido para a próxima fase do cuidado. Os critérios de alta são de responsabilidade exclusiva do anestesiologista.
Equipamentos SRPA
Ao examinarmos a variedade de equipamentos e recursos na SRPA, é possível identificar:
Reanimação
A sala deve ser equipada com recursos para reanimação cardiorrespiratória, caso necessário.
Monitorização avançada
Instrumentos para monitorização de parâmetros vitais, como monitores cardíacos, oxímetro de pulso, eletrocardiogramas, entre outros.
Em pacientes selecionados, podem ser monitorizados traçado eletrocardiográfico, função neuromuscular por estimulador de nervo periférico, temperatura, débito urinário, capacidade de micção, débito de drenos e sondas, e sangramento pós-operatório. O uso de antieméticos, oxigenioterapia e dispositivos de aquecimento ativo é indicado em situações específicas.
Requisitos para micção e ingestão de líquidos antes da alta variam conforme fatores de risco. O período de observação pós-anestésica é personalizado de acordo com o risco cardiorrespiratório.
Medicamentos e equipamentos para analgesia
Recursos para administrar analgésicos e outros medicamentos para o controle da dor.
Ambiente confortável
Um ambiente tranquilo e confortável é essencial para facilitar a recuperação do paciente.
SRPA: Conclusão
A SRPA desempenha um papel determinante na segurança e bem-estar dos pacientes após cirurgias. A transição cuidadosa do estado anestésico para o estado de recuperação é fundamental para prevenir complicações, controlar a dor e garantir uma recuperação suave.
A equipe na SRPA é composta por anestesiologistas, enfermeiros especializados em cuidados pós-anestésicos e outros profissionais de saúde. Eles trabalham em conjunto para monitorizar, tratar e assegurar que o paciente atinja os critérios necessários para receber alta.
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SRPA: o papel do Anestesiologista no pós-operatório
A fase de recuperação pós-operatória, especialmente na Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA), desempenha um papel importante no processo cirúrgico, contribuindo significativamente para a segurança e bem-estar do paciente.
O anestesiologista, como profissional altamente qualificado, desempenha um papel central nesse cenário, garantindo a continuidade do cuidado pós-anestésico. Sua presença assegura uma resposta imediata a intercorrências, o monitoramento preciso dos sinais vitais e a administração adequada de medicamentos para alívio da dor e controle de possíveis efeitos colaterais.
Portanto, a valorização da fase de recuperação pós-operatória e o reconhecimento do papel do anestesiologista como guardião da segurança do paciente são fundamentais.