Embora seja uma cirurgia relativamente comum, a decisão de realizar a histerectomia, ou seja, a remoção do útero, deve ser tomada com cautela e apenas após avaliação médica rigorosa, considerando diversos fatores e opções de tratamento.
Neste post, abordaremos em detalhes tudo o que você precisa saber sobre a histerectomia, desde suas indicações até os tipos de cirurgia, riscos e benefícios, tempo de recuperação e impacto na vida da mulher.
O que é Histerectomia?
A histerectomia é um procedimento cirúrgico que consiste na remoção total ou parcial do útero, órgão muscular localizado na parte inferior do abdômen feminino, responsável pela menstruação e gestação.
Dados sobre histerectomia
Quantas cirurgias são feitas no Brasil?
De acordo com o Ministério da Saúde, esta cirurgia é realizada em mais de 600 mil mulheres no Brasil anualmente.
Dados do SUS sobre histerectomias vaginais e por videolaparoscopia:
- 2016: 3.418 histerectomias vaginais e 221 por videolaparoscopia.
- 2017: 7.504 histerectomias vaginais e 596 por videolaparoscopia.
- 2018: 7.582 histerectomias vaginais e 614 por videolaparoscopia.
- 2019: 7.579 histerectomias vaginais e 736 por videolaparoscopia.
- 2020: 4.315 histerectomias vaginais e 324 por videolaparoscopia.
- 2021: 2.120 histerectomias vaginais e 195 por videolaparoscopia.
Quando a cirurgia é indicada?
O que leva a fazer uma histerectomia?
A histerectomia é considerada para diversas condições ginecológicas que causam sintomas graves e persistentes que não respondem a outros tratamentos. As principais indicações incluem:
- Miomas uterinos: Tumores benignos no útero que podem causar sangramento intenso, dor pélvica e outros problemas.
- Endometriose: Crescimento do tecido endometrial fora do útero, causando dor intensa, infertilidade e outros problemas.
- Adenomiose: Crescimento do tecido endometrial dentro da parede muscular do útero, causando dor intensa, sangramento intenso e outros problemas.
- Mioma uterino submucoso: Crescimento de mioma dentro da cavidade uterina, causando sangramento intenso e infertilidade.
- Prolapso uterino: Descida do útero para o canal vaginal, causando desconforto e problemas urinários e intestinais.
- Sangramento uterino anormal: Sangramento menstrual intenso, frequente ou irregular que não responde a outros tratamentos.
- Câncer de útero, ovário ou colo do útero: Em casos avançados ou como medida preventiva para reduzir o risco de desenvolvimento da doença.
- Dor pélvica crônica: Dor persistente na região pélvica que não responde a outros tratamentos.
É importante ressaltar que a histerectomia não é a primeira opção de tratamento para a maioria das condições. O médico irá considerar sua situação individual, histórico médico, desejos de ter filhos e outras opções de tratamento antes de recomendar a cirurgia.
Quais são os benefícios da Histerectomia?
- Alívio de sintomas como sangramento intenso, dor pélvica e outros problemas ginecológicos
- Redução do risco de câncer de útero (em casos específicos)
- Melhora da qualidade de vida
Quais são os tipos de Histerectomia?
O que é histerectomia total?
Envolve a remoção completa do útero e do colo do útero.
Histerectomia subtotal ou parcial
Consiste na retirada do corpo do útero, preservando o colo do órgão.
Histerectomia radical
É um procedimento mais extenso, onde são removidos o útero, o colo, a parte superior da vagina e alguns tecidos circundantes, sendo geralmente indicada para casos de câncer em estágio avançado.
Quais são os métodos de Histerectomia?
Basicamente, existem quatro métodos de histerectomia:
Histerectomia abdominal
Realizada através de uma incisão no abdômen, geralmente próximo à linha do púbis. É o tipo mais comum de histerectomia.
Histerectomia vaginal
Realizada através da vagina, sem incisão no abdômen. É uma opção menos invasiva, com menor tempo de recuperação, mas nem sempre é possível para todos os casos.
Histerectomia laparoscópica
Realizada através de pequenas incisões no abdômen, por onde são introduzidos instrumentos cirúrgicos e uma câmera. É uma técnica minimamente invasiva, com menor dor e tempo de recuperação, mas requer habilidade cirúrgica específica.
Histerectomia robótica
Similar a cirurgia laparoscópica, mas com um ‘robô’ guiado pelo cirurgião realizando o procedimento com maior precisão.
O tipo de histerectomia escolhido dependerá de diversos fatores, como o tamanho e a localização do útero, a experiência do cirurgião e a saúde geral da paciente.
Como é realizada a histerectomia?
Nas abdominais:
- O cirurgião faz uma incisão no abdômen e localiza o útero.
- As ligações entre o útero e os vasos sanguíneos e ligamentos são cuidadosamente separadas.
- O útero é removido, podendo ou não incluir os ovários e as trompas de Falópio, a critério do médico.
- A incisão é fechada com suturas ou grampos.
Nas vaginais:
- O cirurgião acessa o útero através da vagina.
- As ligações entre o útero e os vasos sanguíneos e ligamentos são cuidadosamente separadas.
- O útero é removido pela vagina.
Nas laparoscópicas:
- O cirurgião faz pequenas incisões no abdômen e insere instrumentos cirúrgicos e uma câmera.
- O útero é visualizado através da câmera e dissecado com instrumentos especiais.
- As ligações entre o útero e os vasos sanguíneos e ligamentos são cuidadosamente separadas.
- O útero pode ser removido inteiro pela vagina ou fragmentado e retirado por uma das incisões no abdômen.
- As incisões são fechadas com suturas.
Nas por via robótica:
- O cirurgião faz pequenas incisões no abdômen e insere instrumentos robóticos e uma câmera tridimensional de alta definição.
- Sentado em uma estação de controle, o cirurgião manipula os braços robóticos que realizam a cirurgia com precisão.
- As ligações entre o útero e os vasos sanguíneos e ligamentos são cuidadosamente separadas.
- O útero pode ser removido pela vagina ou fragmentado e retirado por uma das incisões no abdômen.
- As incisões são fechadas com suturas.
Quanto tempo dura a cirurgia?
O procedimento de histerectomia geralmente leva de uma a três horas, dependendo do tipo de cirurgia e da complexidade do caso.
Qual é a anestesia usada na histerectomia?
Para a realização de histerectomias abdominais, laparoscópicas ou robóticas, é utilizada a anestesia geral. Já para a histerectomia vaginal, a anestesia pode ser geral, mas o uso de analgesia epidural ou raquidiana tem se tornado cada vez mais comum e preferível.
A escolha da anestesia para cada caso é feita pelo anestesista responsável. Ele considerará a situação específica, as condições da paciente e o tipo de cirurgia, determinando a opção mais adequada. É fundamental que a avaliação pré-anestésica seja realizada com cuidado, pois esse momento permite ao anestesista conhecer a paciente, revisar seu histórico médico e decidir a melhor abordagem anestésica.
Quais são os riscos?
Como qualquer cirurgia, a histerectomia apresenta riscos e benefícios que devem ser cuidadosamente avaliados pelo médico e pela paciente.
- Sangramento
- Infecção
- infecção urinária
- Lesão de órgãos vizinhos (intestino, bexiga, ureter)
- Formação de coágulos sanguíneos
- Dor pélvica crônica (menos frequente)
Como é a recuperação pós-operatória?
Qual o tempo de recuperação de uma histerectomia?
O tempo de recuperação após a histerectomia varia de acordo com o tipo e método da cirurgia realizada e da saúde geral da paciente.
- Histerectomia abdominal: Geralmente requer internação hospitalar de 2 a 4 dias, seguido de recuperação em casa por 4 a 6 semanas.
- Histerectomia vaginal: Geralmente requer internação hospitalar por 1 a 2 dias, seguido de recuperação em casa por 2 a 4 semanas.
- Histerectomia laparoscópica ou robótica: Geralmente requer internação hospitalar por 1 dia ou cirurgia ambulatorial, seguido de recuperação em casa por 2 a 3 semanas.
Cuidados necessários pós histerectomia?
O que fazer e não fazer após a cirurgia?
Durante a recuperação, é importante seguir as orientações médicas rigorosamente, incluindo:
- Repouso adequado
- Uso de medicamentos para dor
- Cuidados com a incisão cirúrgica
- Evitar atividades físicas extenuantes
- Evitar movimentos bruscos
- Evitar levantar peso
- Evitar relações sexuais pelo tempo determinado pelo médico
- Caminhar durante o dia para ajudar na circulação e evitar trombose
É importante ressaltar que a recuperação pode ser um processo gradual. É normal sentir cansaço e dor nas primeiras semanas. Retorne às atividades normais gradativamente, conforme tolerado pelo seu corpo.
Qual o valor de uma Histerectomia?
Preço Histerectomia
Os custos da Histerectomia podem variar dependendo de vários fatores, como a localização geográfica, a experiência do cirurgião, o tipo de procedimento escolhido, e por aí vai. É importante solicitar um orçamento detalhado ao seu cirurgião antes de decidir fazer a Histerectomia.
Certifique-se de que o orçamento inclua todos os custos relacionados ao procedimento, como honorários do cirurgião, custos hospitalares, custo do anestesiologista e medicamentos.
Plano de saúde cobre Histerectomia?
Sim, os planos oferecem cobertura para esse procedimento.
Impacto da histerectomia na vida da mulher
A histerectomia é uma cirurgia que acarreta mudanças físicas e emocionais para a mulher.
- Impacto hormonal: A remoção dos ovários, que produzem os hormônios estrogênio e progesterona, pode causar sintomas da menopausa, como ondas de calor, secura vaginal e alterações de humor. A terapia hormonal de reposição pode ser recomendada para aliviar esses sintomas.
- Fertilidade: A histerectomia remove o útero, tornando a gravidez impossível.
É importante ressaltar que a histerectomia não define a sua feminilidade. Muitas mulheres relatam uma melhora significativa na qualidade de vida após a cirurgia, livres dos sintomas que as incomodavam.
Como fica o sexo pra mulher após a histerectomia?
A resposta ao sexo após a histerectomia pode variar bastante entre as mulheres, pois cada corpo reage de maneira única. Algumas podem não notar mudanças significativas, enquanto outras podem experimentar alterações.
Se a cirurgia incluir a remoção do colo do útero e dos ovários, pode ocorrer uma queda na lubrificação vaginal devido à redução dos hormônios que regulam essa função. Essa mudança pode causar desconforto durante a relação sexual.
Para lidar com a diminuição da lubrificação, o uso de lubrificantes é uma solução eficaz. Eles podem melhorar o conforto e tornar a atividade sexual mais prazerosa.
Qual o tempo de espera após a histerectomia para retomar as relações sexuais?
Primeira relação sexual após a histerectomia
Normalmente, as relações sexuais são proibidas por um período de 40 a 60 dias após a histerectomia. Esse intervalo permite que o corpo tenha tempo suficiente para se recuperar e cicatrizar adequadamente. É essencial seguir as orientações do médico e esperar até que ele confirme que é seguro retomar a atividade sexual.
Quanto tempo leva para cicatrizar uma histerectomia por dentro?
Em torno de 40 dias.
Porque não é recomendado abaixar após uma histerectomia?
Quanto tempo posso abaixar após uma histerectomia?
Evitar agachamentos é recomendado devido ao aumento significativo da pressão no abdômen, o que pode sobrecarregar a cúpula vaginal e a incisão. Consulte seu médico para obter orientações específicas sobre quando você poderá retomar essa atividade, pois o período de precaução pode variar de acordo com seu caso individual.
Quanto tempo após a histerectomia posso fazer atividades como varrer casa e fazer faxina?
O retorno às atividades normais após a cirurgia varia conforme o tipo de procedimento realizado: seja via abdominal, vaginal ou laparoscópica. Recomenda-se consultar seu médico para orientações específicas sobre o tempo de recuperação adequado para cada caso, podendo variar de 15 a 40 dias antes de retomar essas atividades.
Para onde vai o óvulo após a histerectomia?
Nas mulheres em que os ovários são mantidos, os óvulos são liberados na cavidade abdominal e são absorvidos pelo corpo.
Fica pochete?
Como acabar com a pochete depois da histerectomia?
Após a histerectomia, pode surgir um abaulamento na área da cicatriz operatória. Uma das causas possíveis é a hérnia na parede abdominal, que pode ocorrer por diversos motivos além de uma sutura inadequada. Fatores como cicatrização, esforço, tosse e infecção podem contribuir para isso. Se for diagnosticada uma hérnia, o tratamento recomendado é cirúrgico.
Caso seja descartada a presença de hérnia incisional, recomenda-se a realização de drenagem linfática para reduzir o desconforto na região. Além disso, fortalecer os músculos por meio de atividade física e controlar o peso podem ajudar a melhorar o abaulamento.
O que acontece com o intestino depois da cirurgia?
Existe constipação após histerectomia?
Sim, depois de uma histerectomia, podem surgir diversos sintomas, como constipação, dor durante as relações sexuais, incontinência de gases e fezes, urgência para evacuar, perdas fecais e distensão abdominal.
É normal ter incontinência urinária após a histerectomia?
Como fica a bexiga após a cirurgia?
Com a remoção do útero, as estruturas que sustentam a bexiga e a uretra podem ser comprometidas, resultando em incontinência urinária.
Considerações finais
A histerectomia é uma cirurgia importante e a decisão de realizá-la deve ser tomada com base em uma avaliação médica individualizada e considerando os seus desejos e expectativas. Converse abertamente com seu médico sobre todas as opções de tratamento disponíveis para a sua condição específica.
Não hesite em esclarecer todas as dúvidas que você tiver sobre a cirurgia, a recuperação e o impacto na sua vida.
Histerectomia em São Paulo?
Histerectomia em Campinas?
Encontrar um anestesista de confiança para a sua Histerectomia pode ser uma etapa desafiadora. Afinal, a segurança e o bem-estar durante o procedimento cirúrgico dependem muito da habilidade e dedicação desse profissional. Quando se trata da sua saúde, é fundamental escolher cuidadosamente quem estará ao seu lado durante o processo.
Na região de Campinas, interior de São Paulo, você tem à disposição o Grupo Care Anestesia (GCA), uma referência reconhecida internacionalmente. Com uma equipe de anestesistas altamente capacitados e comprometidos com a excelência no cuidado dos pacientes, o GCA oferece a tranquilidade e segurança que você merece em sua jornada rumo à mamoplastia redutora.
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