Bem-vindos ao nosso blog! Estamos entusiasmados em compartilhar com você uma jornada dedicada à saúde da mulher. Hoje, mergulharemos em uma variedade de tópicos, desde questões ginecológicas até cuidados essenciais com a saúde mental e física. Mas antes, vamos entender melhor o cenário.
A saúde da mulher tem se tornado cada vez mais relevante ao longo dos anos, especialmente diante do panorama demográfico que revela uma maioria feminina na população brasileira, conforme indicado pelo Censo 2022. Com 51,5% da população sendo mulheres (6 milhões de mulheres a mais do que homens), é evidente a importância de uma atenção dedicada à sua saúde, considerando os desafios específicos que enfrentam.
Anteriormente, os cuidados com a saúde da mulher eram predominantemente voltados para questões gestacionais e obstétricas, mas somente nas primeiras décadas do século XX é que foram integrados nas políticas nacionais de saúde. Desde então, a implementação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher em 2004 tem contribuído significativamente para ampliar a assistência e o cuidado à mulher em todas as suas fases da vida.
Segundo dados do manual da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, a divisão das mulheres nas faixas etárias revelou números significativos:
10 a 14 anos – 8.091.022;
15 a 19 anos – 8.433.904;
20 a 29 anos – 16.524.472;
30 a 39 anos – 13.934.024;
40 a 49 anos – 11.420.987;
50 anos e mais – 15.505.461.
As mulheres em idade reprodutiva, de 10 a 49 anos, representavam 65% do total da população feminina.
Vale reforçar que os indicadores epidemiológicos do Brasil já refletem uma realidade complexa, com doenças típicas de países desenvolvidos (cardiovasculares e crônico-degenerativas) coexistindo com problemas de saúde mais prevalentes em nações em desenvolvimento (mortalidade materna e desnutrição). Mulheres enfrentam ainda desafios adicionais. As tendências de morbimortalidade entre as mulheres também evidenciam essa interseção de doenças, que variam conforme as discrepâncias de desenvolvimento regional e de status socioeconômico.
Além disso, segundo a Síntese de Indicadores Sociais 2002 do IBGE, a maioria das mulheres ocupadas estava nas classes de rendimento mais baixas, com 71,3% delas ganhando até dois salários mínimos, enquanto a desigualdade salarial aumentava conforme a remuneração.
Portanto, é fundamental que tanto as mulheres quanto suas famílias reconheçam a importância da atenção à saúde feminina e busquem cuidados adequados.
Agora, vamos explorar juntos as principais perguntas e respostas sobre saúde da mulher. Se você for uma mulher, lembre-se de que cuidar da sua saúde é fundamental. E se você for um homem, é importante estar atento e apoiar a saúde das mulheres em sua vida, sejam elas mães, irmãs, filhas ou esposas. Vamos seguir em frente juntos?
SAÚDE FEMININA
O que é saúde da mulher?
A saúde da mulher representa uma preocupação abrangente, indo além dos cuidados ginecológicos. Envolve uma diversidade de particularidades e demandas médicas específicas do corpo feminino em todas as fases da vida. Essa atenção é fundamental para promover uma vida longa, saudável e equilibrada, tanto fisicamente quanto mentalmente.
Com o decorrer do tempo, tem-se observado um aumento na atenção voltada para a saúde da mulher, reconhecendo os desafios únicos que as mulheres enfrentam em relação à sua saúde.
É importante ressaltar que a saúde da mulher abarca muito mais do que apenas a saúde reprodutiva. Com a inclusão dessa perspectiva nas políticas públicas, há um entendimento mais amplo da necessidade de garantir o bem-estar completo das mulheres, levando em consideração não só a anatomia do corpo feminino, mas também suas necessidades psicossociais.
Confira a Política Nacional da Saúde da Mulher elaborada pelo Ministério da Saúde, em 2004.
Por que a saúde da mulher é importante?
Cuidar da saúde da mulher é fundamental para prevenir, diagnosticar precocemente e tratar doenças relacionadas à anatomia feminina. Além disso, é essencial para promover sua qualidade de vida, felicidade, bem-estar e liberdade.
Atualmente, os cuidados vão além dos exames ginecológicos e do rastreio do câncer de mama, incluindo aspectos como climatério, menopausa, planejamento familiar, gestação, prevenção do câncer de colo de útero, atenção às ISTs e garantia de uma assistência obstétrica humanizada. A detecção precoce dessas doenças é fundamental para o tratamento eficaz e empodera as mulheres a cuidarem de si mesmas, conhecendo seus corpos e priorizando sua saúde e bem-estar.
Quais são os cuidados de saúde específicos para as mulheres?
Os cuidados de saúde direcionados às mulheres envolvem uma série de aspectos fundamentais. Isso engloba a atenção à saúde ginecológica, que inclui exames regulares como o Papanicolau, essenciais para a prevenção de doenças no colo do útero, que são comuns entre as mulheres. Além disso, é primordial manter uma higiene íntima adequada e buscar orientações sobre saúde reprodutiva, como o planejamento familiar e o uso de métodos contraceptivos.
Não podemos deixar de mencionar a importância da atenção à saúde sexual, que apresenta suas próprias complexidades em comparação com a dos homens. É importante ter atenção redobrada à prevenção das ISTs.
A qualidade do sono desempenha um papel importante no bem-estar feminino, assim como o conhecimento do próprio corpo para identificar possíveis alterações ou problemas de saúde.
Ademais, uma dieta equilibrada, a prática regular de atividade física e a atenção à saúde mental são elementos essenciais que devem ser considerados, buscando apoio profissional quando necessário. Ao adotar essas práticas, é possível prevenir e lidar de maneira eficaz com as doenças que afetam com maior frequência as mulheres, promovendo uma vida saudável e plena.
Quais são os exames periódicos necessários para a saúde da mulher?
Para promover a saúde da mulher e diagnosticar precocemente possíveis doenças, é fundamental realizar uma série de exames de rotina periodicamente. Aqui estão alguns dos principais exames recomendados para mulheres, independentemente da faixa etária:
- Papanicolau: Coletado pelo ginecologista, ajuda a identificar o câncer do colo do útero em estágios iniciais, além de outras condições como verrugas e infecções genitais.
- Ultrassom transvaginal: Avalia a saúde do aparelho reprodutor feminino, detectando miomas, cistos, tumores e auxiliando no diagnóstico da endometriose. Também verifica a posição de dispositivos intrauterinos (DIU).
- Exame de sangue: Hemograma básico que verifica níveis de glicemia, colesterol, triglicérides e outras alterações no organismo, auxiliando na prevenção de doenças como diabetes e problemas cardíacos.
- Exame de fezes e urina: essenciais para avaliar o estado fisiológico do organismo, detectando a presença de parasitas, microorganismos e bactérias, bem como prevenindo doenças sistêmicas e renais.
- Mamografia: ajuda na prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama.
- Eletrocardiograma: Detecta possíveis problemas cardíacos, recomendado para pessoas a partir dos 50 anos sem histórico familiar.
- Densitometria Óssea: Avalia a densidade do tecido ósseo, indicada para mulheres acima de 65 anos ou em casos específicos como uso de corticoides, menopausa precoce e histórico familiar de osteoporose.
- Ultrassom de tireoide: Detecta e diagnostica anomalias na tireoide, como nódulos benignos ou malignos, avaliando também linfonodos e glândulas salivares.
Esses exames de rotina são essenciais para a manutenção da saúde da mulher, permitindo a detecção precoce de doenças e o acompanhamento adequado ao longo da vida.
Quando a mulher deve iniciar a rotina de mamografia?
Geralmente, recomenda-se para mulheres a partir dos 35 anos (com histórico familiar de câncer de mama) ou após os 40 anos (sem histórico).
Quais são os cuidados necessários em cada fase da vida da mulher?
Ao longo das diferentes fases da vida, as mulheres necessitam de cuidados específicos para garantir o bem-estar e prevenir possíveis problemas característicos de cada período. Durante a infância, a imunização é primordial para proteger contra doenças infecciosas, enquanto uma alimentação equilibrada promove um crescimento saudável.
Na adolescência, é essencial oferecer uma educação sexual abrangente, que inclua informações sobre contracepção e prevenção de ISTs. Além disso, é o momento de fornecer orientações sobre a menstruação e disponibilizar produtos menstruais adequados. A vacinação contra o HPV é recomendada antes do início da atividade sexual.
Na fase adulta, exames de rotina como mamografias e Papanicolau se tornam mais frequentes, enquanto o controle do ciclo menstrual e o planejamento reprodutivo são considerados. A atenção à saúde mental e o rastreamento de doenças crônicas também são fundamentais.
Para as mulheres da terceira idade, a prática regular de atividade física é crucial para manter a mobilidade e prevenir a fragilidade. Exames de rotina e uma dieta adequada continuam sendo importantes, assim como o cuidado com a saúde mental e sexual.
O acompanhamento regular com profissionais de saúde feminina é fundamental em todas as fases da vida para personalizar os cuidados de acordo com as necessidades específicas de cada mulher.
Qual a importância da mulher conhecer seu próprio corpo para garantir sua saúde adequada?
Compreender e estar atenta aos sinais do próprio corpo é crucial para a saúde da mulher. Além do autoexame de mama, é importante observar mudanças, como dores de cabeça persistentes e flutuações de humor, e agendar consultas com um ginecologista diante de irregularidades menstruais.
Esse cuidado proativo permite identificar precocemente possíveis complicações e promover tratamentos eficazes. Além disso, o autoconhecimento além de proteger a saúde física, contribui para o bem-estar emocional e sexual da mulher, permitindo uma vida plena e satisfatória.
Qual a importância da alimentação para a saúde da mulher?
A alimentação desempenha um papel fundamental na saúde da mulher, fornecendo os nutrientes necessários para o funcionamento adequado do organismo em todas as fases da vida. Nutrientes como vitamina C, cálcio e antioxidantes são especialmente importantes.
A vitamina C, encontrada em frutas como acerola e morango, é essencial para a saúde da pele, estimulando a cicatrização e combatendo o envelhecimento celular. O cálcio, presente em alimentos como laticínios e vegetais verdes escuros, é fundamental para a saúde óssea, prevenindo condições como a osteoporose.
Além disso, antioxidantes presentes em alimentos como cenoura, linhaça e frutas vermelhas combatem os radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento precoce e por danos celulares. Esses nutrientes são importantes para prevenir doenças e promover o bem-estar ao longo da vida da mulher.
Outros nutrientes importantes incluem proteínas, encontradas em alimentos como ovos, e água, essencial para manter o corpo hidratado e prevenir problemas como a retenção de líquidos e infecções urinárias. Ao adotar uma dieta equilibrada e rica nesses nutrientes, as mulheres podem cuidar melhor de sua saúde e desfrutar de uma vida plena e saudável.
Qual a importância da atividade física para a saúde da mulher?
A prática regular de atividade física desempenha um papel fundamental na saúde da mulher, indo além da simples manutenção do peso. Além de fortalecer ossos e músculos, contribui para a redução do estresse e melhora do humor. A inclusão de caminhadas de 30 minutos algumas vezes por semana já é suficiente para quebrar o ciclo do sedentarismo e colher os benefícios dessa prática.
Os impactos positivos da atividade física são diversos e abrangentes. Além de fortalecer o sistema imunológico e melhorar a circulação sanguínea, os exercícios também contribuem para o controle da pressão arterial e dos níveis de glicemia, minimizando assim as complicações do diabetes. A prática regular também é fundamental para prevenir a perda óssea precoce e melhorar a qualidade do sono, combatendo a insônia. A atividade física, aliada a alimentação saudável, pode ajudar a reduzir em até 40% as chances de desenvolver câncer de mama.
Além dos impactos físicos, os exercícios também proporcionam melhorias significativas na saúde mental, contribuindo para a redução da ansiedade, melhora da autoestima e até mesmo diminuição das cólicas menstruais. Ao adotar uma rotina de atividades físicas, as mulheres promovem a saúde do corpo e garantem uma melhor qualidade de vida, prevenindo uma série de doenças e desfrutando de bem-estar em todos os aspectos.
Quais são os principais hormônios femininos e suas funções?
Os hormônios desempenham um papel fundamental no corpo feminino, influenciando aspectos físicos e emocionais. Entender os principais hormônios femininos e suas funções é importante. Vamos lá.
Os estrogênios, como o estradiol, estrona e estriol, são produzidos nos ovários e, ocasionalmente, pela placenta durante a gestação. Eles desempenham um papel central na regulação do ciclo menstrual e no desenvolvimento de características femininas, como o crescimento das mamas e a distribuição de gordura corporal.
A progesterona prepara o útero para a implantação do óvulo fertilizado e mantém a gravidez. Após a ovulação, seus níveis aumentam para criar um ambiente propício à concepção. Se a gravidez não ocorrer, a diminuição dos níveis de progesterona desencadeia a menstruação.
Apesar de ser conhecida como o hormônio masculino, a testosterona também está presente em pequenas quantidades no corpo feminino. Ela contribui para o desenvolvimento muscular e ósseo, além de regular os níveis de energia e libido.
Durante o ciclo menstrual e ao longo da vida reprodutiva, os níveis hormonais podem flutuar, resultando em sintomas como alterações de humor e fadiga. Um estilo de vida saudável, incluindo alimentação balanceada e exercícios regulares, pode ajudar a minimizar esses sintomas.
Quais são as vitaminas importantes que a mulher precisa ficar de olho e suplementar em caso de falta?
Algumas vitaminas são bastante importantes: C, D, K2 e B12. As mulheres também podem precisar de suplementação de magnésio, colágeno, ferro, cálcio, ácido fólico e ômega-3, dependendo das necessidades individuais e do estilo de vida.
As mulheres têm maior predisposição para ter osteoporose?
Sim! A diminuição da densidade óssea resulta da diminuição na absorção de minerais e cálcio, ocasionando uma deterioração na estrutura microscópica do osso. Esse fenômeno afeta mais frequentemente as mulheres devido à queda nos níveis do hormônio feminino estrogênio, especialmente após a menopausa, o que resulta em uma diminuição na formação óssea.
SAÚDE GINECOLÓGICA
Como cuidar da saúde ginecológica da mulher?
Cuidar da saúde ginecológica envolve realizar exames regulares, como o exame de Papanicolau, manter uma boa higiene íntima, usando sabonetes suaves e evitando duchas vaginais, além de consultar regularmente um ginecologista.
Quando a mulher precisa passar a ir regularmente ao ginecologista?
A primeira consulta com um ginecologista não precisa ser adiada até após a primeira menstruação, como muitos acreditam. Na verdade, é recomendável que ocorra por volta dos 10 anos, quando os primeiros sinais da puberdade começam a surgir. Essa consulta precoce é essencial para avaliar o desenvolvimento adequado da jovem e abordar possíveis preocupações específicas que podem surgir nessa fase inicial da adolescência.
Como cuidar da higiene íntima da mulher?
Cuidar da higiene íntima é fundamental para prevenir infecções comuns, como a candidíase, e manter o equilíbrio da região íntima da mulher. É necessário utilizar produtos recomendados pelo médico e evitar uma limpeza agressiva, além de adotar hábitos saudáveis, como não usar roupas muito apertadas e não compartilhar objetos pessoais.
A vulva, que é a região externa da vagina, possui sua própria proteção natural, mantendo um pH ácido que impede a sobrevivência de microrganismos prejudiciais. No entanto, o desequilíbrio desse ambiente pode levar ao surgimento de infecções, como a candidíase e a vaginose bacteriana. Portanto, é importante realizar a higiene íntima com água corrente e sabonete específico para a região vaginal, evitando o uso de sabonete em barra.
Durante dias quentes ou após atividades intensas, a higiene íntima deve ser realizada entre três e quatro vezes ao longo do dia. Evite o uso constante de absorventes diários, que podem acumular umidade e favorecer o crescimento de microrganismos. Durante a menstruação, troque os absorventes regularmente (não use por mais de 8 horas) e opte por lingerie de algodão, que permite a transpiração da região.
Após a relação sexual, faça a higienização normal da área externa da vagina e evite duchas internas, pois podem remover a defesa natural do organismo.
Não permaneça com roupas de banho molhadas por muito tempo (como biquini e maiô) e evite sentar em vasos sanitários de banheiros públicos.
A depilação parcial da vulva pode reduzir o calor e o acúmulo de secreção na área, mas a depilação total pode causar hipersensibilidade e ressecamento em algumas mulheres. Em casos de reações alérgicas a produtos de lavagem, opte por produtos específicos para lavar roupas íntimas. Com esses cuidados, a mulher garante a devida higiene íntima.
Quais são as principais infecções ou doenças ginecológicas da mulher?
Algumas condições ginecológicas são frequentes entre as mulheres:
- Candidíase
- Vaginose bacteriana
- Infecções do trato urinário
- Endometriose
- Mioma uterino
- Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)
- Corrimento vaginal, frequentemente associado a infecções ou DSTs
- Infecção urinária, decorrente de bactérias
- Vulvovaginite, uma inflamação da vulva, vagina e colo do útero, geralmente causada por infecções
SAÚDE REPRODUTIVA
Qual é a idade reprodutiva da mulher?
Durante o ciclo de vida da mulher, a fertilidade segue um padrão de declínio progressivo. Ao nascer, uma menina possui aproximadamente 1.000.000 de óvulos, mas esse número diminui consideravelmente até a puberdade, quando restam cerca de 300.000. Durante os anos férteis, em média, apenas cerca de 300 óvulos são liberados durante os ciclos menstruais, resultando em uma média de um óvulo por mês.
A capacidade reprodutiva feminina tende a diminuir à medida que a idade avança. Os melhores índices de fertilidade são observados entre os 20 e 24 anos, enquanto aos 35 anos, a probabilidade de engravidar naturalmente diminui em cerca de 50% em relação aos 24 anos. Após os 40 anos, essa redução se acentua ainda mais, diminuindo 50% em relação aos 35 anos.
Quando é considerado o período fértil da mulher?
O período fértil da mulher é uma fase do ciclo menstrual que geralmente ocorre no meio do ciclo, cerca de dois ou três dias antes e depois da ovulação, com uma duração média de aproximadamente cinco dias. No entanto, essa data pode variar devido a diversos fatores que afetam o ciclo menstrual.
Existem várias maneiras de calcular o período fértil. Uma delas é acompanhar o ciclo menstrual: para ciclos regulares, pode-se contar 14 dias a partir do primeiro dia da menstruação e adicionar alguns dias antes e depois dessa data. Por exemplo, em um ciclo de 28 dias, a ovulação ocorre entre o 10º e o 16º dia. Já em ciclos de 30 dias, a ovulação acontece no 16º dia e o período fértil abrange do 14º ao 18º dia.
Outra abordagem é o Método Billings (ou Método de Ovulação Billings), que se concentra na observação das características do muco cervical. O muco produzido pelo colo do útero adquire uma consistência transparente e elástica, semelhante à clara de ovo, durante o período fértil.
Para mulheres com ciclos menstruais irregulares, calcular o período fértil pode ser mais desafiador.
Até que idade é recomendável a mulher congelar óvulos?
De maneira geral, ao atender aos critérios necessários para um congelamento de óvulos bem-sucedido, a taxa de sucesso de uma gravidez por fertilização in vitro varia em torno de 40%. É importante ressaltar que a faixa etária ideal para o congelamento de óvulos é até os 35 anos.
Gravidez, pré-natal e neonatal
Qual a importância do acompanhamento para a saúde da mulher?
A gestação marca um período de notáveis transformações no corpo e na saúde da mulher, exigindo cuidados e acompanhamento contínuo para assegurar o bem-estar tanto da mãe quanto do bebê em desenvolvimento. Durante os primeiros meses, o organismo passa por adaptações metabólicas e circulatórias significativas, preparando-se para o parto e para o período pós-natal.
À medida que a gravidez avança, o crescimento do bebê se torna mais evidente, acompanhado do surgimento de desconfortos como dores nas costas devido ao aumento do peso abdominal. Nessa fase intermediária, é indispensável o suporte médico para orientar e aliviar os sintomas, garantindo uma gestação tranquila e saudável.
No último trimestre, o corpo da mulher se prepara para a amamentação e a chegada do bebê, enfrentando desafios como a retenção de líquidos e as contrações de treinamento.
Além disso, o acompanhamento pré-natal desempenha um papel essencial na detecção precoce de possíveis complicações, permitindo intervenções adequadas e garantindo o desenvolvimento saudável do bebê.
Após o parto, o corpo passa por um processo de recuperação gradual, incluindo a restauração do abdômen e do útero, assim como o ajuste hormonal. A amamentação, além de fornecer nutrientes essenciais para o bebê, auxilia na perda de peso e na adaptação do corpo materno ao novo ciclo de vida.
O acompanhamento médico durante todo o período gestacional promove a saúde da mãe e do bebê e também proporciona suporte emocional e educacional, contribuindo para uma experiência positiva e gratificante para a família como um todo.
Quando a mulher entra na menopausa e quais são os cuidados necessários nesta fase?
A menopausa representa uma transição natural na vida das mulheres, marcando o fim do ciclo menstrual e da capacidade reprodutiva.
A diminuição na produção dos hormônios sexuais femininos, principalmente o estrogênio, nos ovários, é a principal causa da menopausa. Os sintomas geralmente surgem entre os 45 e 55 anos, com uma média de idade de 48 anos no Brasil, conforme estudos realizados pela USP. Quando a menopausa ocorre antes dos 40 anos, é considerada precoce, apresentando desafios únicos e demandando cuidados específicos.
De acordo com projeções da Organização Mundial da Saúde (OMS), a menopausa irá afetar mais de 1 bilhão de mulheres até 2030.
Durante essa fase de mudanças, muitas mulheres enfrentam uma série de sintomas, que podem variar de desconfortáveis a desafiadores. Cerca de 43% delas experimentam sintomas como calor excessivo, alterações de humor, ansiedade, diminuição da libido, ressecamento vaginal e perda de firmeza na pele.
Para lidar com esses sintomas, é importante considerar algumas recomendações úteis:
- Explorar opções de terapia hormonal;
- Moderar o consumo de café;
- Gerenciar o estresse e a ansiedade;
- Manter-se bem hidratada;
- Incluir alimentos ricos em vitamina C na dieta;
- Priorizar uma alimentação equilibrada, com foco em vegetais;
- Realizar consultas periódicas ao ginecologista;
- Incorporar atividades físicas na rotina diária;
- Garantir uma boa qualidade de sono.
Além dos sintomas, a menopausa também aumenta o risco de desenvolvimento de doenças, como as cardiovasculares, devido às mudanças hormonais e metabólicas.
SAÚDE SEXUAL
O que é menstruação, por que ela acontece e com quantos anos geralmente as mulheres começam a menstruar?
A menarca, marco inicial da puberdade feminina, marca o início de um ciclo de transformações no corpo da mulher. Geralmente, entre os 11 e 16 anos, esse primeiro episódio de menstruação desencadeia uma série de eventos hormonais que sinalizam o amadurecimento do organismo.
A cada mês, o corpo se prepara para uma possível gravidez, aumentando a produção de certos hormônios. Quando a fecundação não ocorre, o revestimento uterino, conhecido como endométrio, é descartado, resultando no sangramento menstrual.
A partir de quantos anos é indicado o uso de anticoncepcional?
Não há um ponto de partida específico em termos de idade para começar a usar a pílula anticoncepcional. Contudo, é geralmente aconselhável iniciar o uso após a menarca, ou seja, após a primeira menstruação e início da atividade sexual. A escolha do contraceptivo ideal deve ser feita em conjunto com um médico, levando em consideração as necessidades individuais de cada mulher.
As pílulas anticoncepcionais não são todas iguais em sua composição. Elas podem variar na combinação de hormônios, como progesterona e estrogênio, bem como na quantidade de cada substância. Algumas pílulas contêm apenas progesterona. Por isso, é importante buscar orientação médica para selecionar o medicamento mais apropriado. Seu uso não é recomendado para mulheres com alto risco de trombose, hipertensão ou tabagismo.
Quais os impactos do anticoncepcional na saúde da mulher?
Além da proteção principal que é evitar a gravidez, a pílula anticoncepcional também tem sido associada à melhora da acne e dos sintomas da TPM, além de ajudar na prevenção do câncer de endométrio e no tratamento da endometriose.
Devido à variação nas doses hormonais, a pílula anticoncepcional pode desencadear alguns efeitos secundários, incluindo retenção de líquidos, sensibilidade aumentada nos seios, possíveis alterações no peso corporal, flutuações de humor, variações nos níveis de energia e mudanças na pele, como o surgimento de acne, além de uma possível diminuição na libido. No entanto, é importante ressaltar que a maioria desses efeitos tende a ser temporária e diminui à medida que o corpo se adapta ao medicamento.
Como a mulher pode cuidar de sua saúde sexual?
A saúde sexual feminina é uma faceta indispensável do bem-estar geral da mulher, indo além da simples ausência de doenças ou disfunções. Envolve o equilíbrio físico, mental e social em relação à sexualidade, incluindo a capacidade de desfrutar de experiências sexuais seguras e prazerosas, livres de coerção e discriminação. É um aspecto essencial para a qualidade dos relacionamentos e a satisfação pessoal.
Para cultivar uma vida sexual mais plena, algumas medidas podem ser adotadas:
- Cultive a autoestima e o amor próprio, reconhecendo e valorizando sua própria identidade e corpo.
- Pratique exercícios físicos regularmente para promover a saúde cardiovascular e o bem-estar geral.
- Busque o equilíbrio emocional, priorizando momentos de relaxamento e reduzindo o estresse do dia a dia.
- Mantenha uma alimentação balanceada, rica em nutrientes que favoreçam a saúde sexual, como zinco, selênio e ômega-3.
- Priorize um sono de qualidade para restaurar as energias e promover o equilíbrio hormonal.
- Evite o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, que podem afetar negativamente a libido e a função sexual.
- Esteja atenta aos sinais do corpo e procure ajuda médica se necessário, garantindo um acompanhamento adequado da saúde sexual.
Ao incorporar essas práticas ao estilo de vida, é possível promover uma saúde sexual mais plena e satisfatória, contribuindo para o bem-estar integral da mulher.
Confira a cartilha produzida pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
SAÚDE MENTAL
A atenção à saúde mental da mulher é exigida em diversos locais, se desdobrando em casa, trabalho, filhos e pessoal. Como prevenir o burnout?
Quando abordamos a saúde da mulher, torna-se indispensável compreender como o contexto social e profissional influencia esse aspecto. Com a crescente participação no mercado de trabalho, acompanhada da disponibilização do anticoncepcional, as mulheres assumiram novas responsabilidades e desafios.
No entanto, persiste o fenômeno conhecido como “jornada dupla”. Mulheres, em média, dedicam três horas a mais por dia ao trabalho, devido à combinação de obrigações domésticas e profissionais. Essa realidade tem contribuído para o aumento da incidência da Síndrome de Burnout entre o público feminino.
A Síndrome de Burnout, também chamada de síndrome do esgotamento profissional, é mais prevalente entre as mulheres devido à sobrecarga de tarefas e ao estresse diário. Os sintomas englobam fadiga física e emocional, dores de cabeça, dificuldade de concentração, alterações no apetite, dores musculares, oscilações de humor, pensamentos negativos e competitividade exacerbada.
O tratamento pode abranger o uso de medicamentos para controlar os sintomas, terapia e mudanças nos hábitos de vida. A falta de atenção adequada a essa condição pode ter um impacto significativo na saúde da mulher.
Quanto à prevenção do Burnout, reconhecer os primeiros sinais e buscar um equilíbrio entre qualidade de vida e bem-estar são medidas essenciais. Isso envolve a distribuição de responsabilidades, aprendizado sobre priorização, reserva de tempo para autocuidado, redução do estresse e, se necessário, busca de ajuda especializada para orientação e tratamento adequado.
E assim, acabamos o nosso guia completo sobre a Saúde da Mulher. Esperamos que você tenha gostado.
Confira também:
As principais doenças que afetam a saúde feminina!
Endometriose: o que é, sintomas, tipos e tratamento – tudo que você precisa saber
Até a próxima.