O que é diabetes gestacional?
A diabetes gestacional é uma condição metabólica caracterizada pelo aumento dos níveis de glicose no sangue durante a gravidez. Isso ocorre devido aos hormônios produzidos durante a gestação, que podem aumentar a resistência à insulina em algumas mulheres. De forma mais clara, o diabetes gestacional (DG) ocorre quando o corpo da gestante não consegue produzir ou utilizar insulina de forma eficaz. Esta condição geralmente se desenvolve no terceiro trimestre e, na maioria dos casos, desaparece após o parto.
No entanto, a diabetes gestacional pode trazer riscos tanto para a mãe quanto para o bebê, uma vez que todos os nutrientes necessários são fornecidos pela placenta. Se houver resistência à insulina no corpo da gestante, isso pode afetar a passagem dos nutrientes para o bebê, tornando essencial o monitoramento e o tratamento adequados.
Essa condição não é rara, afetando aproximadamente 20% das gestantes.
Quem não tem diabetes pode desenvolver diabetes gestacional?
Sim, qualquer mulher grávida pode desenvolver diabetes gestacional, mesmo que nunca tenha tido diabetes antes.
Quais as causas?
Durante a gravidez, a placenta é fundamental no desenvolvimento do bebê, fornecendo nutrientes e oxigênio essenciais para seu crescimento. Para garantir o aporte adequado, a placenta libera hormônios que fazem diminuir a capacidade e efetividade da insulina no corpo da gestante, para garantir a oferta necessária de nutrientes ao bebê.
Isso significa que quando a efetividade da insulina diminui, a mulher precisa produzir mais insulina que o normal para equilibrar ‘esse jogo’ e controlar a quantidade de açúcar no sangue.
A diabetes gestacional acontece exatamente quando a gestante não consegue ter essa compensação e equilíbrio entre a produção e necessidade de insulina e a quantidade de glicose no sangue.
Quais os fatores de risco para o desenvolvimento da diabetes gestacional?
Alguns fatores de risco aumentam a probabilidade, como:
- Idade acima de 25 anos
- Sobrepeso ou obesidade
- Aumento de peso durante a gestação
- Histórico familiar de diabetes
- Síndrome do ovário policístico
- Medicamentos hiperglicemiantes
- Parto anterior com bebê grande (mais de 4 kg)
- Diabetes gestacional em gestações anteriores
- Hipertensão arterial sistêmica
- Hipertrigliceridemia
- Gestação múltipla
Quais os valores de referência de glicemia para a gestante?
Tabela de glicemia para gestante
- Jejum: 92 mg/dL
- 1 hora após a ingestão da solução: 180 mg/dL
- 2 horas após a ingestão da solução: ≥ 153 mg/dL
Quais os sintomas da diabetes gestacional?
Esta condição muitas vezes não apresenta sintomas visíveis. No entanto, algumas mulheres podem experimentar:
- Sede excessiva
- Fome aumentada
- Urinação frequente
- Fadiga
- Visão turva
- Cansaço fora do normal
- Ganho excessivo de peso durante a gravidez
- Boca seca
- Náuseas
Quais os riscos?
Diabetes gestacional causa risco para o bebê?
Sim. Esse tipo de diabetes pode acarretar riscos tanto para a mãe quanto para o bebê.
Para a mãe:
- Diabetes após a gestação
- Aumenta o risco de pré-eclâmpsia
- Aumenta o risco de parto prematuro
- Aborto espontâneo
Para o bebê, os riscos incluem:
- Macrossomia (bebê grande para a idade gestacional)
- Malformação fetal
- Crescimento anormal de órgãos
- Hipoglicemia neonatal
- Risco de desenvolver cardiopatias
- Risco de desenvolver problemas respiratórios
- Icterícia
- Maior probabilidade de desenvolver obesidade e diabetes no futuro
Diabetes gestacional é considerada gravidez de risco?
Sim, a diabetes gestacional é considerada uma gravidez de risco. Requer acompanhamento mais rigoroso para garantir a saúde da mãe e do bebê, incluindo monitoramento frequente dos níveis de glicose no sangue, controle dietético e, em alguns casos, uso de insulina.
Como evitar a diabetes gestacional?
Embora nem todos os casos possam ser prevenidos, algumas medidas podem reduzir o risco de desenvolver diabetes gestacional:
- Manter um peso saudável antes e durante a gravidez
- Adotar uma dieta balanceada, rica em fibras e nutrientes
- Praticar exercícios físicos regularmente
- Fazer acompanhamento pré-natal adequado
Como é feito o diagnóstico da diabetes gestacional?
No primeiro trimestre de gestação (na primeira consulta de pré-natal), se a glicemia de jejum estiver entre 92 mg/dL e 125 mg/dL, e essa leitura for confirmada em um segundo teste, o diagnóstico de diabetes gestacional é estabelecido.
Para gestantes com glicemias de jejum inferiores a 92 mg/dL, é necessário realizar o teste de tolerância oral à glicose (TOTG) entre a 24ª e a 28ª semana de gestação. Durante este teste, e após a ingestão de 75g de glicose, as medições são feitas em tempos diferentes: em jejum e novamente aos 60 e 120 minutos.
Fonte imagem: Fleury
Quais exames ajudam no monitoramento da diabetes gestacional?
Após a confirmação do diabetes gestacional, é imprescindível acompanhar a saúde da gestante e do bebê de forma contínua. Vários exames e monitoramentos podem ser realizados para garantir um controle adequado da condição e minimizar riscos. Entre eles, destacam-se:
- Testes de glicose: Realizados regularmente para acompanhar os níveis de glicose no sangue da gestante, permitindo ajustes no tratamento conforme necessário.
- Hemoglobina glicada: Mede os níveis médios de glicose no sangue nos últimos dois a três meses, ajudando a avaliar o controle do diabetes gestacional ao longo do tempo.
- Ultrassom fetal: Utilizado para avaliar o crescimento e o desenvolvimento do bebê, além de verificar a quantidade de líquido amniótico.
- Monitoramento dos batimentos cardíacos do bebê: Esse exame verifica a frequência cardíaca fetal, garantindo que o bebê esteja recebendo oxigênio e nutrientes adequados.
- Monitorização durante o parto: A saúde da mãe e do bebê é acompanhada de perto durante o trabalho de parto para prevenir complicações.
- Monitorização Cardíaca Fetal: Durante o trabalho de parto, monitora continuamente os batimentos cardíacos do bebê para garantir que ele esteja lidando bem com o estresse do parto.
Qual o tratamento da diabetes gestacional?
O tratamento da diabetes gestacional inclui:
- Monitoramento regular dos níveis de glicose no sangue
- Adotar uma dieta saudável e balanceada
- Praticar exercícios físicos regularmente
- Uso de insulina ou medicamentos, se necessário, para controlar os níveis de glicose no sangue
Diabetes gestacional tem cura?
A diabetes geralmente desaparece após o parto. No entanto, mulheres que tiveram diabetes gestacional têm um risco aumentado de desenvolver diabetes tipo 2 no futuro, sendo importante o acompanhamento contínuo e a adoção de um estilo de vida saudável.
Qual médico cuida da diabetes gestacional?
É importante que a gestante seja acompanhada de perto por um endocrinologista e pelo seu médico obstetra. Também é recomendado o acompanhamento com uma nutricionista.
Diabetes gestacional: o que pode comer?
Dieta balanceada para gestante
Uma dieta saudável para quem tem diabetes gestacional deve incluir:
- Dieta rica em frutas e vegetais frescos
- Grãos e carboidratos integrais
- Proteínas magras
- Laticínios com baixo teor de gordura (desnatados)
- Evitar alimentos ricos em açúcares simples e carboidratos refinados
- Alimentos ricos em fibras;
- Gorduras boas, como castanhas
- Optar por azeite de oliva
Além disso, é importante dividir a alimentação diária entre 5 a 6 refeições.
Diabetes gestacional pode ter parto normal?
Sim, muitas mulheres podem ter parto normal. No entanto, a decisão depende de vários fatores, incluindo o controle dos níveis de glicose no sangue, o tamanho do bebê e a presença de outras complicações.
O parto deve ser cuidadosamente planejado e monitorado pelo médico.
Parto com quantas semanas para quem tem esse tipo de diabetes?
Quem tem diabetes gestacional tem que antecipar o parto?
O momento ideal para o parto em mulheres com diabetes gestacional varia de acordo com o controle da condição e a saúde geral da mãe e do bebê. Ter diabetes gestacional por si só não determina que a mamãe deva ser internada antes, ou que o parto tenha que ser adiantado. É necessário realizar o acompanhamento de perto.
Quando a gestação atinge 37 ou 38 semanas, pode-s, por exemplo, aguardar que a gravidez continue naturalmente até 40 semanas, permitindo que a paciente entre em trabalho de parto de forma espontânea.
Cada caso é um caso.
Parto com diabetes gestacional em Campinas?
Encontrar uma equipe médica, um hospital totalmente preparado e equipado com tecnologia de ponta e um anestesista de confiança para seu parto, tendo diabetes gestacional pode ser uma tarefa desafiadora. Afinal, esse momento é provavelmente o mais importante para a mamãe e ter a segurança é fundamental.
Quando se trata da sua saúde e a do seu bebê, a confiança é fundamental, e escolher o anestesista certo é uma decisão importante. Da mesma forma, escolher o hospital pode fazer toda a diferença. Felizmente, em Campinas, há uma opção de excelência: o Grupo Care Anestesia (GCA) e o Hospital Vera Cruz.
Reconhecido internacionalmente por sua expertise e comprometimento com o cuidado dos pacientes, o GCA é responsável por todos os procedimentos anestésicos do Hospital Vera Cruz e reúne uma equipe de profissionais altamente qualificados e dedicados ao proporcionar uma experiência segura e tranquila para todos os pacientes.
Além disso, você sabia que para cada parto realizado no Vera Cruz, uma árvore é plantada? Essa é uma iniciativa do GCA e do hospital com a ONG Copaíba que busca contribuir para o reflorestamento da Mata Atlântica.
Essa ação é tão legal, que em 2024, tanto o GCA quanto o Vera Cruz foram reconhecidos por essa ação e receberam o certificado World Environment Day, destinado a instituições globais que possuem eventos e atividades voltados para a sustentabilidade
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